A ideia surgiu quando Alana se sentiu incomodada pelas picadas de mosquitos e, então, decidiu produzir um repelente que fosse barato e sustentável. “Ela convidou Arthur para fazer parte do grupo, que logo se interessou pelo tema. Juntos, iniciaram suas pesquisas e descobriram que o cravo-da-índia e a alfazema-do-brasil possuem propriedades repelentes naturais. Com essa descoberta, resolveram unir os componentes e desenvolveram um repelente de baixo custo”, diz Margarete Correia.
Segundo Arthur, o desenvolvimento do produto envolveu diversas etapas. “Primeiro, fizemos a obtenção do óleo do cravo-da-índia e da alfazema-do-brasil, depois a produção do repelente, seguido do teste de pH, captura dos mosquitos e, por fim, o teste de eficácia do repelente. O cravo-da-índia, que contém ácido eugenol, e a alfazema-do-brasil, rica em citronelol e linalol, foram extraídos utilizando álcool. Ambos os ingredientes foram armazenados separadamente em recipientes com álcool para permitir a extração dos princípios ativos necessários à formulação do repelente”, explica.
Os testes realizados pelos jovens cientistas indicaram resultados promissores. “Durante os testes de pH, observamos que as três amostras atingiram uma média de 6,3, o que está dentro do padrão aceitável para repelentes, que varia de 5,5 a 7,5. Já nos testes com mosquitos, notamos que eles não se aproximaram, comprovando a eficácia do repelente na prevenção contra esses insetos. Além de ser eficaz, o repelente oferece uma alternativa de baixo custo e sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente”, afirma Alana.
O projeto, que tem apoio da Secretaria da Educação, através do Ceepamev, e coorientação de Nádia Batista, passará por mais avaliações. “Novos testes serão realizados com o objetivo de aprimorar o produto. Esperamos que o repelente possa proteger as pessoas dos mosquitos, evitando doenças transmitidas por esses vetores, como a Dengue, Zika e Chikungunya”, destaca Arthur, que representou a equipe no Expo Milset Brasil, onde foi premiado com credencial para participar da Milset ESI 2025, em Abu Dhabi.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.
Fonte: Ascom/Secti